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quarta-feira, 13 de março de 2013

VALE DOS VINHEDOS UMA RIQUEZA DO PAMPA


Imagem mostrando a placa de Vale dos Vinhedos
O Vale dos Vinhedos é uma região da Serra Gaúcha que fica entre os municípios de Bento Gonçalves, onde se localiza a única escola do país que forma técnicos em enologia, Garibaldi e Monte Alegre do Sul. É ali que se concentra a maior produção de vinhos finos e suco de uvas do Brasil. Pela sua proximidade com Porto Alegre, pela sua cultura, pela sua história e pelo seu charme, com bons hotéis, pousadas e restaurantes, o Vale já recebe mais de 60 mil visitantes por ano, segundo a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Por tudo isso, o Vale é, hoje, referência no turismo nacional, com seus roteiros de enoturismo e gastronômicos.
Os imigrantes italianos chegaram à região por volta de 1875 e, aos poucos, foram transformando a paisagem com seus parreirais, de onde saem as uvas para a produção dos melhores vinhos e sucos de uva in natura do país.
Nas entradas de Bento Gonçalves e de Garibaldi, há postos de informações turísticas bem estruturados, que podem dar informações sobre guias e operadoras de turismo. Várias vinícolas fazem visitas guiadas por enólogos, com degustação e venda dos produtos. A melhor época para visitar a região é entre dezembro e março, quando as parreiras estão carregadas de uvas e acontece a colheita.
As alternativas turísticas e enogastronômicas no Vale são inúmeras, sempre, é claro, contemplando visitas e compras nas vinícolas. Além disso, há vários roteiros na região e arredores, como o Caminhos de Pedra, que procura resgatar a herança cultural dos colonos italianos, em que o visitante entra em contato com as construções erguidas pelos camponeses e a sua gastronomia. Ou, ainda, o roteiro Vinhos de Montanha, que visita, entre outras, a importante Vinícola Aurora.

Casa Valduga

Uma das vinícolas mais procuradas e uma das maiores do vale é a Casa Valduga que, além de visita guiada, degustação e venda de seus famosos e premiados vinhos, oferece a alternativa de hospedagem em uma agradável pousada, localizada ao lado dos vinhedos, além de um restaurante de boa qualidade, aberto também para o público. A Valduga produz vinhos, espumante e grapa. É, também, proprietária da Casa da Madeira, que produz sucos de uva, geléias e vinagre tipo balsâmico. Com exceção dos finais de semana, a produção de sucos é aberta à visitação. Para comer, há uma osteria subterrânea que abre para o almoço, de segunda à sexta.
Imagem da pousada Valduga e de fundo arvores e montanhas.
A pousada da Casa Valduga

Famiglia Tasca

E por falar em suco de uva, vale um passeio à Famiglia Tasca, cuja cantina fica na Linha Santo Isidoro, no município de Monte Belo do Sul, com acesso pelo Km 25 da RS-444. Ali, experimente o interessante suco de uva rosé. O processo de produção dos sucos é totalmente artesanal.
Imagem de 7 garrafas dos sucos Tasca.
Os sucos de uva da Famiglia Tasca

A Miolo e a escola do vinho

Foto tirada de cima, mostrando a imensa Miolo.
A sede da Vinícola Miolo
A Miolo é uma das maiores e principais vinícolas do país, com produção e vinhedos espalhadas por várias regiões do Rio Grande e também no Vale do São Francisco, na Bahia. Produz vinhos e espumantes e está sempre aberta para visitação e degustação. Para os que querem aprender os princípios da degustação de vinhos, a Miolo tem a Escola do Vinho, onde dá cursos entre os meses de maio e novembro, ao preço de R$ 95, incluindo almoço no restaurante da vinícola, a Osteria Mamma Miolo. O curso tem a duração de um ou dois dias.

Dal Pizzol e Don Laurindo

Vale a pena, ainda, visitar as pequenas vinícolas, como a Dal Pizzol e a Don Laurindo. Como a produção é pequena os vinhos não costumam chegar aos grandes centros e são mais consumidos na região sul e no próprio Rio Grande. A produção da Don Laurindo é, a princípio, dirigida para a família de Laurindo Brandelli, sendo comercializado apenas o excedente. A vinícola, com interessantes caves de pedra, produz, além de vinhos e espumantes, vinagres de vinho tinto e do tipo balsâmico.

De comer

Um bom vinho sempre pede um bom queijo, um salame, coisas assim. Como no Vale dos Vinhedos as pessoas se movimentam o tempo todo, pra lá pra cá, numa dessas idas e vindas dê uma parada num dos luares mais saborosos da região, situado na RS-444 (a estrada principal do lugar e, por isso mesmo, conhecida por Estrada do Vinho), que é a Queijaria Valbrenta, com produção própria de queijos. Ali o queijeiro José Antônio Mocellini e Libânia recebem os visitantes, com explicações sobre cada tipo de queijo que está à disposição para degustação e sobre a produção, que pode ser acompanhada por uma janela de vidro que deixa à mostra a pequena fábrica. A loja da queijaria vende queijos de outras procedências e embutidos, como salames, fabricados na região.
Imagem da bela entrada da Vinícola Cordelier
Entrada da Vinícola Cordelier, onde fica o restaurante Don Ziero
Já para uma bela refeição, além dos restaurantes da Miolo e da Casa Valduga, o Don Ziero pode ser a pedida. Também fica em uma vinícola, a Cordelier, bem na entrada do Vale. Sua especialidade é o cordeiro e nada melhor do que comê-lo acompanhado de um bom vinho da casa. Para temperar a salada, o Don Ziero tem à disposição mais de 20 marcas de azeites, provenientes da Itália, Espanha, Líbano, Grécia e Portugal. Se a preferência for uma sopa de capelete vá ao Sbornea’s, que oferece ainda outros pratos da culinária colonial italiana.

O galeto fantástico

Qual o segredo em transformar um simples galeto em algo fantástico, muito saboroso, talvez o melhor do Brasil? Roberto Geremia, um dos donos e gerente do Giuseppe, em Garibaldi, explica: “pra começar, a escolha do galeto é fundamental; tem que ser fresco e de ótima qualidade”. Por isso, Roberto usa o mesmo fornecedor há muitos e muitos anos. “Depois”, diz, vem o tempero: vinho branco, cerveja, sálvia, orégano, manjerona, alho e um pouco de pimenta”. Os galetos ficam marinando neste tempero por 24 horas e depois são assados na brasa. “O segundo segredo é ficar em cima, acompanhar tudo o tempo todo, cuidar da qualidade, do atendimento; só assim funciona”.
Imagem do prato Galeto Giuseppe e ao lado pequenas porções de polenta, massa e salada verde.
O galeto do Giuseppe e seus acompanhamentos
Como manda a tradição, o galeto é servido acompanhado de massas, polenta, pão caseiro, saladas, tortei (massa recheada com abóbora) e salada de radicce com bacon.Como sobremesa, sagu com creme, pudim e ambrosia. Tudo muito bom.
O Giuseppe foi fundado em 1994 pelos irmãos Roberto e Paulo Geremia. O nome do restaurante é uma homenagem ao avô, italiano do Vêneto. A idéia de começar a fazer o galeto foi de Roberto, que assou o primeiro, sem o tempero atual. A receita foi sendo aprimorada através do tempo, seguindo as opiniões dos clientes. E aí foi só sucesso. Além da matriz em Garibaldi, o Giuseppe tem filiais em Caxias do Sul e Gramado.

A rota dos espumantes

Quem diria, mas o Brasil, hoje, é um dos principais produtores de espumante do mundo! Pelo menos na questão da qualidade. Nos últimos quatro anos, os principais concursos internacionais que avaliam a qualidade dos espumantes garantiram aos brasileiros o segundo lugar mundial, atrás apenas dos champanhes franceses, e na frente dos prosecos italianos e dos cava espanhóis. Para quem não sabe, o nome champanhe só pode ser usados pelos espumantes produzidos na região de Champagne, na França.
E isso graças às condições climáticas da região de Garibaldi, o maior produtor de espumante do país, com cerca de 70% da produção. O excesso de chuvas e a acidez do solo impedem que a uva amadureça e fique doce o suficiente, características ideais para se fazer um bom espumante.
O enólogo da Chandon Philipe Mével, francês que há 16 anos adotou o Brasil, enfatiza que “ a vocação natural da região é o vinho espumante e o nosso sonho é transformar essa região na Champagne das Américas.
Imagem de uma das salas de aula, composta por uma grande mesa e pessoas ao seu redor provando os espumantes.
Aula sobre espumantes e degustação na Chandon
As visitas guiadas à Chandon fazem parte da Rota dos Espumantes, que reúne, ainda, outras seis vinícolas de Garibaldi: Peterlongo, Garibaldi, Georges Aubert, Courmayeur, de Lantier e Rossoni. A maior delas, porém, é a Chandon, que recebe os turistas em um moderno centro de visitas em que se pode fazer um rápido curso sobre espumantes, além da degustação com os cinco produtos da casa: Brut, Passion, Demi-Sec, Excellence Brut Reserve e Rouge. A melhor época para a visita é entre março e novembro, mês da colheita da uvas.
Endereços e telefones
Aprovale
RS 444, Km 14,8 (Estrada do Vinho) – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3451-9601/ 3454-3322. www.valedosvinhedos.com.br
Associação Caminhos de Pedra
R. Erny Hugo Dreher 197 – Bairro Planalto, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3451-3555 (Grande Hotel Dall´Onder). caminhosdepedra@terra.com.br
Casa de Madeira
Linha Leopoldina – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3453-5678. adegacm@italnet.com.br
Casa Valduga
Linha Leopoldina – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3453-3122. www.casavalduga.com.br. valduga@casavalduga.com.br
Chandon
Rodovia RST 470, Km 224 – Garibaldi. Tel: (54) 3462-2499. www.chandon.com.br
Dal Pizzol
RS-431 (para Guaporé) – Faria Lemos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3452-2055. www.dalpizzol.com.br. dalpizzol@dalpizzol.com.br
Don Ziero / Vinícola Cordelier
RST-470, Km 219,7 – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 2102-2333. www.cordelier.com.br. vinícola@cordelier.com.br
Giuseppe
RST-470, Km 221 (entre Garibaldi e Bento Gonçalves) – Centro Comercial Benvenutti – Garibaldi.
Queijaria Valbrenta
RS-444, Km 2,6 – Vale dos Vinhedos – Bento Gonçalves. Tel: 54) 3459-1310. www.queijariavalbrenta.com.br. queijariavalbrenta@queijariavalbrenta.com.br
Rota dos Espumantes
Tel: 0800 510 1199. www.rotadosespumantes.com.br
Vinícola Aurora
Rua Olavo Bilac 500 – Cidade Alta, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3451-4111. www.vinicolaaurora.com.br
Vinícola Don Laurindo
Acesso pelo Km 18,5 da RS-444, Linha 8 da Graciema - Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 3459-1600.www.donlaurindo.com.br. laurindo@donlaurindo.com.br
Vinícola Miolo
RS-444, Km 21 (Linha 8 da Graciema) – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Tel: (54) 2102-1500 / 1233. www.miolo.com.br. miolo@miolo.com.br

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