Total de visualizações de página

quinta-feira, 4 de abril de 2013

CASTRAÇAO DE TOURO


Castração de touro

Fonte
Parte do material extraído do site da Embrapa sobre Gado de Corte
A castração dos bovinos destinados ao abate, embora rotineira, apresenta constantes questionamentos no meio rural. Entre as dúvidas mais freqüentes, pode-se citar: a própria necessidade da castração, a melhor época ou idade de realizá-la e o melhor método a ser utilizado.
O objetivo deste trabalho é discorrer sobre as principais alternativas disponíveis frente às questões mais freqüentes envolvendo a castração. A determinação do melhor manejo, entretanto, ficará a cargo do produtor, que escolherá aquela opção que melhor convier ao seu sistema produtivo.

É necessário castrar?

A castração tem como atrativo principal, que muitas vezes torna-se o fator decisivo, facilitar o manejo, já que torna os animais mais dóceis, permite a mistura de bois e vacas e elimina distúrbios da conduta sexual. Outra vantagem observada é que as carcaças dos animais castrados são de melhor qualidade e de maior aceitação no mercado do que as dos inteiros.
Sistemas de produção baseados em bovinos inteiros, por outro lado, são atrativos devido ao melhor desempenho dos animais mantidos inteiros em relação aos castrados.
Os bovinos inteiros, por apresentarem maior velocidade de ganho de peso e serem mais eficientes na transformação dos alimentos oferecidos em peso vivo, produzem cerca de 10% a mais de peso do que os castrados.
Quando as carcaças de bovinos inteiros e castrados são comparadas, os resultados têm demonstrado que aquelas dos inteiros são superiores em peso e conformação, assim como apresentam maior proporção de músculo. Estas vantagens, entretanto, perdem valor comercial pela qualidade da carcaça, principalmente, em função de deficiência na gordura de cobertura.
Com a falta da cobertura de gordura, a carcaça dos bovinos inteiros, durante o resfriamento, desenvolve um escurecimento da parte externa dos músculos, que prejudica o aspecto e, conseqüentemente, deprecia o valor comercial. Isto Justifica, em parte, o desconto que os frigoríficos costumam impor sobre o valor pago no abate de animais inteiros.
O consumidor brasileiro, até o momento, não é exigente quanto ao acabamento das carcaças e aceita ou, em alguns casos, prefere cortes cárneos com pequena deposição de gordura. Assim sendo, existe espaço para a utilização de sistemas de produção de carne baseados no abate de animais inteiros. Estes sistemas, entretanto, estariam condicionados a abater os animais entre 18 e 24 meses e que as carcaças apresentem um acabamento mínimo.
É imperioso que a idade de abate dos bovinos inteiros não exceda aos dois anos. Abater animais inteiros com mais de 24 meses é indicativo de que o sistema de produção é ineficiente para a produção de carcaças com melhor qualidade.
A exploração do bovino inteiro, como matéria-prima para a indústria da carne, deverá ter respaldo também na tendência de estratificação do consumo de carnes, onde haveria espaço para a comercialização de carnes magras para atender àqueles consumidores que desejam produtos "light".

Qual a melhor idade para castrar?

Sem dúvida, esta é a pergunta mais freqüente no meio rural, já que a castração transformou-se em prática rotineira na maioria das fazendas. A questão é relativamente complicada, pois estão envolvidos vários aspectos que podem individualizar a resposta. Em linhas gerais, a melhor época é aquela onde haja mais benefícios do que prejuízos, ou seja, uma relação custo: benefício favorável.
Os efeitos da castração são dependentes do momento em que ela é realizada. Se for antes da puberdade (13-15 meses para animais cruzados) ocasionará uma completa interrupção do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, pela falta dos hormônios produzidos pelos testículos, o que torna o novilho bem diferente do touro. Se a castração, no entanto, for realizada após a puberdade, os efeitos são menos pronunciados, ocorrendo apenas a regressão de alguns caracteres sexuais secundários, alterações de comportamento e variações no desempenho.
Castrar ao nascimento apresenta como principal desvantagem a não utilização do efeito anabólico dos hormônios produzidos nos testículos. Retardar a castração para a época do desmame, existe a coincidência de duas práticas estressantes, assim como há a proximidade da época de restrição alimentar. Castrar com 12 ou mais meses tem o inconveniente do difícil manejo e o grande estresse causado ao bovino, além do risco de se perder um animal de valor considerável.
Pesquisas, avaliando diferentes épocas de realizar a castração, evidenciaram que aquelas castrações realizadas até a fase de puberdade não apresentam diferença quanto ao desempenho animal. Também foi verificado que castrações realizadas após a puberdade apresentam ganhos relativamente pequenos em relação às dificuldades de manejo e aos riscos gerados.
Considerando-se sistemas de produção visando ao abate de animais com dois anos e as pesquisas anteriormente mencionadas, a melhor época de castração é o nascimento ou nas primeiras semanas de vida.
A castração em animais jovens, com no máximo dois meses de idade, tem sido mais recomendada, principalmente por apresentar vantagens como a fácil contenção dos animais, pequena perda de sangue e rápida cicatrização.

Qual o melhor método de castração?

A escolha do método também está relacionada com a época e o sistema de produção. Em geral, não existem diferenças quanto ao desempenho animal sob efeito do método de castração (à faca tradicional, à faca com amarrio do cordão espermático, à faca com emasculador, à faca com destruição parcial do testículo, com burdizzo ou com elastrador).
Os métodos cirúrgicos têm como desvantagem o processo de cicatrização que, dependendo da época, têm nas miíases (bicheiras) um grande inconveniente. Apesar disso, o método à faca tradicional, onde há a extirpação total dos testículos, desde que realizado sob condições higiênicas e com processo hemostático (o mais usual é a amarração do cordão espermático) para animais maiores, é a forma mais eficiente de castração.
Outros processos cirúrgicos, que visam manter o parênquima testicular para a produção de hormônios, nem sempre são eficientes neste intento e o desempenho animal não é melhorado satisfatoriamente, além do que requerem uma pessoa mais habilitada para sua execução.
A castração com burdizzo, apesar de ser prática e não cirúrgica, tem eficiência relativa. A necessidade de repasse é freqüente, pois, em nível de propriedade rural, nem sempre a aplicação do aparelho é executada de forma correta.

Cenas de Castração

Aproveitando, eu gostaria de pedir às moças e pessoas 1/2 estranhas que não reclamem do vídeo. Eu não sou da sociedade defensora dos animais e castrar touros vem desde os tempos da Grécia, senon dantes.
Eu também não defini os métodos pelo qual o bicho vai ser castrado. Acho que o pessoal que lida com eles no dia-a-dia tem soberba competência, herdada de pai a filho e estudada, para decidir qual a melhor forma de fazer. Afinal, eles colocam picanhas e vazio (fraldinha) em nossas mesas todos os dias, quem sou eu (e tu?) pra bater boca com os tauras?
Resumindo: o pessoal larga numa mangueira o tourito... A idéia é pialar ele (laçar pelas patas dianteiras, as mãos), jogar no chão, prender as patas (manear, amarrando), torcer o pescoço e puxar os bagos / bolas / testículos. Um cordão é prende a aparelhagem pra não sangrar e o castrador corta as coisa do animal. Depois, alguns produtos anti-sépticos para evitar infecções.
Bueno, agora vais conhecer tema de tantas e tantas poesias, que aliás, temos em texto na seção de Poesia ou ainda declamadas (com som vivente, com som!) em Poesias Declamadas.

Mas agora chega!

Clica aí na figura e já examina o processo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário