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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A história do Rodeio mais antigo do Estado



24/02/2008   Turismo

A história do Rodeio mais antigo do Estado

Albino Walter Scheeren no primeiro rodeio em Progresso


Progresso realizará seu tradional Rodeio nos dias 29, 1 e 2 de março. E Têm história para contar.
Conforme o patrão do CTG Sinuelo da Amizade e proprietário da Fazenda Sinuelo, Getúlio Scheeren, os rodeios crioulos "sempre foram eventos muito bonitos, tranqüilos, bastante difundidos na região, no Rio Grande do Sul e até em outros Estados, como São Paulo e Mato Grosso". De acordo com ele, o primeiro evento do CTG Sinuelo da Amizade ocorreu em 1º de janeiro de 1959. "Diversos rodeios foram realizados com chuva e mesmo assim com boa presença de público." Ele recorda a participação de ginetes do Uruguai, Paraguai, Argentina e um cowboy, vindo dos Estados Unidos, que viajou até a região para desafiar o famoso cavalo "Pintado". No confronto venceu o animal, que jogou o americano por cima do alambrado para fora da pista. Noutra feita, numa apresentação da "cama da morte", uma brincadeira na arena de tourada em que o peão ficava deitado enquanto era solto o animal bravio, foi solto o touro e o peão desmaiou, tendo que ser socorrido pelos toureiros. "Recordo que o ginete Antoninho Vedoy ficou em coma por alguns dias devido à violência com que o cavalo, o famoso "Rasga Diabo", o arremessou ao chão. Outro fato emocionante, segundo Scheeren, foi a conquista do piazito Diego Krüger, que levou o título de campeão individual do rodeio, tendo competido com bons laçadores. "A cada edição os rodeios têm novas atrações."
Testemunhas da história
Aldo Antônio Ferrari (76) e Elide Zuffo (81) eram guris quando se realizou o primeiro rodeio. Nesta semana, visitando a Fazenda Sinuelo, eles recordaram, emocionados, o acontecimento. "Naquela época, as estradas eram de chão batido e mesmo assim tinha gente de tudo que era canto", lembra Ferrari. "Era gente de carroça, a pé, de carona, no lombo de cavalo. Vieram umas duas mil pessoas", afirma Zuffo. Segundo eles, os participantes do tiro de laço, gineteada e carreiramento no evento de 1959 eram oriundos de Cruz Alta, Espumoso, Carazinho, Boqueirão do Leão, Barros Cassal e Lajeado.
Eles recordam ainda que não havia faca para cortar a carne do churrasco. "A solução era usarmos nossos canivetes." Ferrari e Zuffo se orgulham de nunca terem perdido um rodeio nos 50 anos de história. "Teve um na década de 1970 em que carneamos 22 vacas, dez ovelhas e fizemos 500 quilos de lingüiça. Houve salto de pára-quedas, pela primeira vez em Progresso, e veio tanta gente que servimos o churrasco em três etapas, para dar conta", recordam.
A Fazenda Sinuelo
A Fazenda Sinuelo foi adquirida por Albino Walter Scheeren, pai do atual patrão do CTG Sinuelo da Amizade, em 1937. A área já foi pousada de tropeiros e local onde muitos açougueiros do Vale do Taquari recebiam o gado para abate. Os animais eram apartados em campo aberto e, muitas vezes, precisavam ser laçados. Aí começaram as disputas entre tropeiros e açougueiros para saber quem seria o melhor laçador. "Isso acontecia anualmente até que em setembro de 1952, influenciado pelos tropeiros e açougueiros, meu pai realizou o 1º Rodeio Crioulo, reunindo diversos participantes da região", diz Getúlio Scheeren.
Fazia parte da programação do rodeio: carreiramento, tiro de laço, gineteada e fandango de ramada, que era um baile ao relento, no gramado, com gaita e violão. O rodeio culminou com uma briga de touros, o que deu muito trabalho aos laçadores que não conseguiam separá-los, e divertiu o público presente. De 1952 em diante o evento se repetiu todos os anos, sendo que algumas vezes foi transferido para Campo Branco, na Fazenda Recanto da Amizade, de propriedade de Storck e Ferri. Somente em 1º de janeiro de 1959 foi fundado oficialmente o CTG Sinuelo da Amizade.
Fonte: Jornal O Informativo
Assessoria de Imprensa Portal Região dos Vales por Jucinara Schena
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