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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tafona

Rodeio de Osório - Tafona


A construção de uma tafona no Parque de Rodeios Jorge Dariva representa um marco na história do maior festival da região do Litoral Norte do Estado.
A influência da tafona no desenvolvimento econômico e cultural da região incentivou os organizadores a colocarem o nome do Festival, chamando-o de Tafona da Canção Nativa. A tafona significa ainda o resgate da origem do povo.

A Tafona ou Atafona trata-se do contexto de maquinaria antiga correspondente sa casas de farinha nordestinas. Na Atafona ou Tafona se prepara a farinha de mandioca que passa por vários processos.

Em Osório, junto ao Parque de Rodeios existe uma tafona, que como antigamente, funciona como tração animal. A mandioca retirada da terra é colocada em cestos de taquara. Na tafona é realizada a tiragem do "capote", isto é , retira-se ou raspa-se a mandioca até a metade, ficando limpa, evitando que o tubérculo fique embarrado. Na tafona existem engrenagens importantes: o cevador ou ralador, a prensa e o forno. A maioria das peças é feita de madeira.

A mandioca depois de limpa vai para o cevador que faz a trituração. Esta engrenagem é movida a boi cangado, em tipo de almajarra, que chamam simplesmente de canga ( pau alongado, inserido no mastro ou pião sobre o qual há uma roda dentada, ligada a polia com correia de lona ). Os bois usam "atrolhos" para não ficarem tontos, pois andam sempre em círculo. Os animais sõ revezados no trabalho.

Do cevador, a massa é colocada no balaio, passando logo após a prensa - peça de madeira com rosca. Na prensa, a massa quase enxuta, fica na massera, onde é batida com um macete de pau.

Até chegar ao forno, a massa não deve ficar parada para evitar que azede. O forno de barro e tijolo tem uma boca de 1,50m por 70cm, com porta de ferro. Sobre a fornalha existe um tipo de caixa de ferro, onde no interior passa um eixo, que contém pás ou vassouras de palha de butiá, que se movimentam continuamente, revolvendo a farinha para que esta não queime.

Após a secagem, o produto passa para uma peneira móvel que está junto ao forno. A farinha é separada do corolo, ou "crueira", mais grossa, quer serve de alimentos para animais. O Forneiro precisa trabalhar dia e noite fazendo mais de mil quilos por dia, sendo que cada 200 kg de raízes, fazem-se 50 kg de farinha.

Fonte: Neimar Pacheco 
Cidade: Osório-RS-Brasil
Fotos: Nei Eugenio Maldaner
Publicado: Rafael Franca da Silva
Date: 02/04/2001 <%insert_data_here%>


 

 

 

 

 

 
  Evento 94 - 21º Rodeio Crioulo Internacional de Osório

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