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domingo, 10 de fevereiro de 2013

A ENCHENTE DE 41 EM PORTO ALEGRE





Porto Alegre protegida contra enchentes como a de 1941

16/05/2011

No mês em que completa 70 anos de sua maior cheia, a Enchente de 41, Porto Alegre tem muito a saber sobre as ações de combate aos alagamentos e enchentes. Nos últimos anos a Prefeitura investiu R$ 14,6 milhões no Programa de Recuperação do Sistema de Proteção Contra as Cheias da cidade. Para que uma calamidade como a de 1941 não volte a ocorrer, a cidade possui um Sistema de Proteção Contra as Cheias, composto por 68 quilômetros de diques, 2.647 metros de Muro da Mauá e suas 14 comportas de vedação e 19 casas de bombas.

As casas de bombas estão localizadas em pontos específicos da cidade para bombear as águas da chuva para o Lago Guaíba e o Rio Gravataí, num total de 83 bombas com capacidade de bombear 159 mil litros de águas pluviais por segundo. As casas de bombas 1, 2, 10 e 5 foram totalmente reformadas, sendo que a 10 e a 5 tiveram suas capacidades de bombeamento ampliadas. A casa de bombas 3 e a da Vila Farrapos estão com suas reformas quase concluídas.
A casa de bombas 11 no Cristal, foi totalmente reformada em contrapartida a construção do Barra Shopping Sul. Uma nova casa de bombas foi construída, a casa de bombas Santa Terezinha na rua Jacinto Gomes esquina avenida Ipiranga. Outra casa de bombas está sendo construída na Vila Minuano, Sarandi. Outra casa de bombas será construída na Vila Asa Branca, também na Zona Norte.
Estrutura importante do Sistema de Proteção de Cheias, o Muro da Mauá, teve suas 14 comportas de vedação totalmente recuperadas. O DEP substituiu e reformou os 14 portões, que agora fecham em um tempo máximo de 50 segundos por acionamento hidráulico, em caso de enchentes. Se não existisse o Muro da Mauá, as águas invadiriam o Centro da cidade em caso de cheias, trazendo um prejuízo muito superior ao de 1941, já que a cidade possui hoje quase 1,5 milhão de habitantes e na época apenas 270 mil.
O conjunto de diques contabiliza 68 quilômetros de extensão constituídos de Diques Internos (Dique Santo Agostinho, Sarandi, Montante, Arroio Dilúvio, Sanga da Morte e Dique Cavalhada) e Diques Externos (Dique Auto-Estrada Freeway, Navegantes, Praia de Belas e Dique Cristal).
A Enchente de 41 - A maior enchente da história de Porto Alegre completa 70 anos neste mês de maio. A enchente de 1941 somou 791 milímetros de precipitação na capital, as águas chegaram a 4,76 metros de altura, desabrigando cerca de 70 mil habitantes, um quarto dos 272 mil habitantes de Porto Alegre na época (Censo realizado em 1940). O único meio de transporte da população eram os barcos e até hoje podemos ver as marcas da água nas paredes do Mercado Público. Aproximadamente 600 empresas demoraram meses para reabrirem. Foram 22 dias de chuva intensa entre abril e maio daquele ano. Porto Alegre voltou a encarar enchentes em 1967, porém não chegou a tais proporções. O Muro da Mauá foi construído de 1971 à 1974 pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).
O DNOS existiu até 1990, mas desde 1973 o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) planeja, constrói, fiscaliza e conserva as redes pluviais da capital. De acordo com o diretor geral do DEP, Ernesto da Cruz Teixeira, “nunca, até os dias de hoje, foi apresentado um projeto que garanta à cidade a proteção contra as cheias do Guaíba que o Muro da Mauá oferece. Engana-se quem acha que só em 1941 houve uma enchente de grandes proporções e que, depois desse fato, nada mais houve que provocasse preocupações.Em 1967 tivemos uma inundação que atingiu a cota 3,13 metros e o muro ainda não havia sido construído. Em 1984 foram 2,50 metros de cota e as comportas chegaram a ser fechadas. Em 2002 a cota atingiu 2,46 metros, chegando à beira da murada do cais.”
A Prefeitura investe na Recuperação do Sistema de Proteção Contra as Cheias e seu famoso Muro da Mauá para que tragédias como a de 1941 não voltem a ocorrer. Na época um quarto da população ficou sem água e luz e muitas foram as vítimas fatais. Cerca de 70 mil pessoas ficaram flageladas, desabrigadas.
Algumas fotos da histórica e famosa enchente de 1941:

A Av. Borges de Medeiros e o Mercado Público tomados pelas águas

Marechal Floriano, em frente ao Hotel Jung, esquina com Otávio Rocha

Foto aérea, mostrando o Cais Mauá e o Mercado, coração da cidade em baixo d'água

Rua da Ladeira (atual General Câmara)

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