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quarta-feira, 13 de março de 2013

io, IlhaRs, Pontes do Guayba e Parque Delta do Jacuí


io, IlhaRs, Pontes do Guayba e Parque Delta do Jacuí


Rio Guayba

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Nas ilhas do Guaíba, a cota de cheia é atingida quando as águas alcançam entre 1,80 e 1,85 metro. No cais do porto, o transbordamento do Guaíba se dá quando as águas alcançam 3,00 metros no local, o que não ocorre desde a década de 1960.  É grande o volume de águas dos rios Jacuí, Taquari, Sinos e Gravataí, mas principalmente do Jacuí (principal afluente) e do Taquari que desemboca no Jacuí pouco antes de Porto Alegre.
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Rios que desembocam no estuário do Guayba
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Guaíba,
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Linha Trem Riacho/Tristeza - 1911
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Cais Mauá - 1928
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Rio Guayba - década de 1900
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Rio Gravatay,
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1909
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Rio do Sinos,
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Junto a São Leopoldo, década de 1940
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Rio Taquarí,
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Junto a Estrela, década de 1940
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Rio Jacuí,
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SOBRE POLUIÇÃO NO GUAÍBA E DELTA DO JACUÍ


O Guaíba ainda dá peixe. Tem uma parte, próxima das ilhas que ainda é muito poluída, tanto por dejetos orgânicos da 4ª maior metrópole do Brasil mas também por indústrias de toda a região. Não é possível tomar banho nesta parte, embora bem na região sul, tem áreas que já dá pra tomar banho. 

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Níveis de poluição
(presença de coliformes fecais por 100 ml de água)

Classe 1 Até 200
Classe 2 De 200 a 1.000
Classe 3 De 1.000 a 4.000
Classe 4 Acima de 4.000
 
Nota : A água é considerada imprópria para banho (recreação de contato primário) quando tiver mais de mil coliformes fecais por 100 ml.
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Lavadeiras no Guaíba na região da Praia de Belas, no início do século XX
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Belém Novo
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Ilhas do Guaíba
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Gravura, 1881
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O Delta do Jacuí e sua localização, veja que a Ilha da Pintada é quase grudada no continente, apenas um canal a separa. A Ilha da Pintada é do Município de Porto Alegre, integrante do bairro Arquipélago.
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A Ilha da Pintada é a principal ilha habitada do Município de Porto Alegre. Passando uma pequena ponte que separa a Ilha do Município de Eldorado do Sul.
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 História do bairro Arquipélago
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ARQUIPÉLAGO Composto por 16 Ilhas, o Arquipélago é um dos bairros mais peculiares de Porto Alegre. Além da condição natural da localização, com sua extensa área verde e biodiversidade, os motivos da sua especificidade também estão ligados à vivência íntima de seus habitantes com as águas, que adaptaram seus modos de vida às condições naturais da região, transformando a natureza para ali constituírem locais de moradia e formando uma cultura própria dos ilhéus. A primeira ocupação das ilhas do Arquipélago, conforme indícios arqueológicos, data do século XVI, e seus primeiros habitantes eram índios guaranis. Com a ocupação do Rio Grande do Sul, os índios obrigaram-se a buscar outras regiões do Estado. Segundo os moradores antigos do Arquipélago, no século XVIII as ilhas Saco do Quilombo, Maria Conga também chamada Ilha do Quilombo (atual Ilha das Flores) e Maria Majolla abrigaram ancestrais escravos. A presença de quilombo nas Ilhas é assunto ainda pendente de estudo aprofundado, porém documentos da Câmara do século XIX comprovam a presença de população negra na Ilha em 1810, e dá indícios que sua ocupação seja anterior a esta data. No início do século XIX, as Ilhas abasteciam o centro da cidade com seus produtos, principalmente capim, hortaliças e peixes. Mas, a partir do final deste século, a pesca foi a principal atividade econômica dos ilhéus. Foi assim até meados de 1970: a pesca era artesanal e abundante, sendo o barco o meio de transporte por excelência. O processo de desenvolvimento urbano da cidade altera o modo de vida de seus habitantes, como a construção da ponte do Guaíba que, paulatinamente, diminui o uso do transporte fluvial. 
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Por sua proximidade e facilidade de acesso ao Centro da cidade, houve significativo aumento populacional, sendo que as com maior número de habitantes são: Ilha da Pintada, Ilha Grande dos Marinheiros, Ilha das Flores e Ilha do Pavão. 
Nesta última, funciona uma das sedes do Grêmio Náutico União, tradicional clube de Porto Alegre. 
Das dezesseis ilhas que compõem o Arquipélago, a Ilha das Garças pertence ao município de Canoas, e a Ilha das Figueiras, ao município de Eldorado. 
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Mesmo com todas dificuldades enfrentadas junto ao Arquipélago, especialmente pelos freqüentes alagamentos, seus moradores encontram alternativas de atividades econômicas, como a das catadoras de lixo da Ilha Grande dos Marinheiros, que desenvolvem um importante trabalho de reciclagem, traduzindo-se como fonte de renda e preservação da natureza. Oficialmente, o bairro Arquipélago foi constituído pela lei nº 2022 de 07/12/1959 com um total de dezesseis ilhas. Em 1976, por decreto oficial, o Arquipélago faz parte do Parque Estadual do Delta do Jacuí e, em 1979, o governo Estadual institui o Plano Básico do Parque com o objetivo de disciplinar a ocupação e evitar a degradação ecológica, e a administração do bairro ficou a cargo da Fundação Zoobotânica. 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: GOMES, José Juvenal, et alli. Arquipélago: as ilhas de Porto Alegre. Porto Alegre: Unidade Editoria da Secretaria Municipal da Cultura UE/SMC/Porto Alegre, 1995. 

Dados Censo/IBGE 2000. IN: http://www.portoalegre.rs.gov.br
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Antigo Presídio - década de 1950
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Ilha do Presídio
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Pontes do Delta



Histórico da Travessia Régis Bittencourt - Ponte do Guaíba



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A Ponte do Guaíba, como ficou conhecida a primeira das quatro pontes que compõem a Travessia Régis Bittencourt, foi inaugurada em 28 de dezembro de 1958 e tornou-se um dos símbolos de Porto Alegre e orgulho para os gaúchos.
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O nome de Régis Bittencourt foi dado em homenagem ao primeiro diretor geral do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). 
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Em 1962, o então governador Leonel Brizola rebatizou o trecho como Travessia Getúlio Vargas, o que, embora tenha merecido placa em bronze em um dos pilares e sido adotada pela população, não foi reconhecida oficialmente, por tratar-se de uma obra federal, sobre a qual o Estado nunca teve ingerência.
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Além da Ponte do Guaíba, compõem a Travessia do Delta:
Ponte do Canal Furado Grande, 
A ponte sobre o Canal Furado Grande, com 344 mts de comprimento, dá passagem a embarcações de pequeno porte. 
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Ponte do Saco da Alemoa,
- A ponte sobre o Saco Alemoa, com comprimento de 774 mts, atravessa uma baía não-navegável do Delta. 
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Ponte do Saco da Alemoa
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Ponte sobre o rio Jacuí,
- A ponte sobre o Rio Jacuí tem comprimento de 1.756 mts e um gabarito de navegação de 50 mts de abertura livre por 20 mts de profundidade.
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Vista Geral
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Todas as pontes estão entre as cidades de Porto Alegre e Eldorado do Sul.

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Vista da cabine de comando


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O grande diferencial da Ponte do Guaíba é o avanço tecnológico do projeto. Único na América Latina, o inconfundível vão móvel eleva um trecho de pista de 58 metros de extensão (toda a ponte tem 1,1 km) e 400 toneladas de peso a uma altura de 24 metros (cada torre tem 43 metros até a base, sob a água). Este recurso foi utilizado em função do tráfego de petroleiros que subiam o rio Gravataí (ainda sobem, até o terminal da Petrobrás) e, posteriormente, também para a passagem dos navios que se dirigem ao Pólo Petroquímico de Triunfo.


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Obras do vão central
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Vigamento
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Chata de apoio
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Vão móvel
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Antes da construção da ponte, a travessia era feita em barcas pertencentes ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (DAER), que partiam da Vila Assunção, na avenida Guaíba, zona sul da Capital, desde de 1941, levando até a margem oposta, na cidade de Guaíba, cerca de 600 veículos e mais de mil pessoas por dia. A viagem demorava pelo menos 20 minutos e ainda outros 40 para as operações de embarque e desembarque.
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Desembarque na Vila Assunção
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Em 1953, quando o sistema de barcas já dava sinais de saturação, começou a ser discutida uma nova alternativa para a travessia do Guaíba. Entre as possibilidades, estavam uma ponte a partir da Vila Assunção, uma ponte ou túnel saindo da Ponta da Cadeia (na Usina do Gasômetro) e uma ponte que aproveitasse as ilhas do Guaíba, esta a proposta vencedora.
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Barcaça
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Ao se decidir por desativar o sistema de barcas, em 1953, se cogitou uma ponte a partir da Assunção, com 50 metros de altura e 100 metros de vão.

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Antes da Ponte

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Esse projeto concorria com outros, mas teria custo maior por exigir trabalho de fundação sob a água para toda a extensão da estrutura.
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O projeto foi elaborado na Alemanha e remetido ao Laboratório Dauphinois d'Hidraulique, em Grenoble, na França, à época um dos melhores do mundo em hidráulica. Lá, foi montado um modelo do Delta do Guaíba no chão de um pavilhão medindo 30m por 40m, reproduzindo, inclusive, a inundação de 1941, e os possíveis efeitos de uma nova cheia à Ponte, à cidade de Porto Alegre e regiões insulares.

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Foi a maior obra de engenharia feita no país até então e a primeira ponte do Brasil a ser realizada em concreto protendido - que em vez de usar ferros, como o concreto armado, usa aços especiais que comprimem o concreto, permitindo vãos maiores. Por mérito dos projetistas alemães, foi calculado que em 35 anos o movimento exigiria sua duplicação. Foi então construída já com o dobro da capacidade de tráfego, demandando oito anos de trabalho. O Governo Federal liberou os recursos para que o DAER administrasse a obra, cujos trabalhos ficaram a cargo da construtora porto-alegrense Azevedo, Bastian e Castilhos (ABC), ainda hoje em atividade. Foi necessária a mão-de-obra de 3,5 mil trabalhadores.
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Curiosidades em números:
- A Travessia Régis Bittencourt atravessa quatro ilhas: Grande dos Marinheiros, do Pavão, das Flores e Pintada. Elas abrigam uma população de 15 mil pessoas.
- A ponte sobre o Lago Guaíba tem 777m de comprimento. Suas torres de levantamento possuem dimensões de 4m X 4m com superfícies arredondadas na parte externa. São peças ocas com 25cm de espessura de parede e altura de 48m até a base. A posição mais elevada do tramo metálico fica à altura de 40m, e a mais baixa, de 13,5m, permitindo a passagem de barcos relativamente grandes. A distância transversal livre entre as torres é de 18,6m, e a longitudinal, de 51,8m.
- O vão móvel tem 58 mts de comprimento e pesa 430 toneladas. A elevação é feita por dois motores e equilibrada pelos contrapesos que ficam nas quatro torres. 
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Passadas mais de quatro décadas, a Travessia Getúlio Vargas teve de ser adaptada a uma nova realidade, com o fluxo de veículos médio de 30 mil veículos ao dia, e com importância estratégica para a consolidação do Mercosul, já que é corredor natural dos produtos entre os vários países que constituem o bloco econômico. Para isso, passou por uma profunda reforma, com a substituição dos cabos, roldanas e motores que promovem o içamento do vão, reforma da fachada, pintura. Falta, ainda, uma nova iluminação. Não aquela natalina, que em 1999 e 2000 encantou a todos ao projetar nas águas do Guaíba o desenho de um imenso veleiro, mas uma permanente, bela e diferenciada, como a própria Ponte, cujo projeto foi realizado pela empresa francesa Cité Luz, que também iluminou o Museu do Louvre, em Paris. A implantação dessa iluminação depende apenas do interesse de parceiros, que queiram ter seu nome associado a um dos mais belos monumentos de engenharia no RS.
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Em dezembro de 2007, foi lançado o livro “A Ponte do Guaíba”, em homenagem aos 50 anos de história da ponte. A edição, de 96 páginas, é composta por ensaios voltados aos aspectos histórico, ambiental, cultural−paisagístico e sociológico da ponte, ilustrados com imagens antigas e recentes, estas últimas produzidas no verão e outono de 2007 pelo fotógrafo Eduardo Aigner. Os textos são assinados por Rualdo Menegat, Luiz Antônio Bolcato Custódio, Flávio Kiefer, Alice Dubina Trusz, Rosélia Araújo Vianna e Beatriz Blay, que também assina a edição, contando com a coordenação editorial de Maria Cristina Wolff de Carvalho.
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A apresentação da obra é do cineasta Jorge Furtado, que já utilizou a ponte como cenário em três de suas produções. 
“É a mobilidade da ponte que lhe faz ser única e tão cinematográfica”, diz Furtado.
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Veja o Hot Site em comemoração aos 50 anos da Ponte do Guaíba. 
Acesse www.concepa.com.br/pontedoguaiba
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Parque Estadual Delta do Jacuí

Situado na Região Metropolitana de Porto Alegre, no encontro dos rios Jacuí, Gravataí, Caí e Sinos, o parque é formado por 30 ilhas e porções continentais com matas, banhados e campos inundados. Das ilhas, destacam-se a dos Marinheiros, a Pintada, a das Flores, a da Pólvora e a Mauá. Lontras, jacarés-de-papo-amarelo, capivaras e uma grande variedade de aves aquáticas fazem parte da fauna do Delta. O complexo de ilhas funciona como filtro e esponja regulando a vazão dos rios em épocas de cheias, protegendo a população da grande Porto Alegre. A elaboração do novo plano de manejo começa a inserir a população das ilhas e as prefeituras nas decisões sobre a preservação e a melhoria da qualidade de vida.
• Municípios: Porto Alegre, Canoas, Charqueadas, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul e Triunfo.
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Dada a importância do Delta para a região em que ele se localiza, se tornou extremamente importante a preservação dessa área e, para isso, a presença doEstado na região é imprescindível. O Parque Estadual do Delta do Jacuí, criado pelo Decreto nº 24.385, de 14 de janeiro de 1976, não constitui categoria de unidade de conservação prevista no Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Viu-se então que a criação do parque deveria possuir legislação que o regulamentasse. Uma reavaliação da unidade de conservação deveria ser feita para adequá-la a nova legislação, como prevêem o artigo 55 da Lei Federal nº9.985, de 18 de junho de 2000 e o artigo 40 do Decreto Federal nº 4.340, de 22 de agosto de 2002. O Decreto Estadual nº 43.367, de 28 de setembro de 2004veio corrigir esse impedimento. Sua denominação passou a ser Área de Proteção Ambiental, APA, Delta do Jacuí.
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O Parque
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Localização


O Delta se localiza nos municípios de Porto AlegreCanoasNova Santa Rita,TriunfoCharqueadas e Eldorado do Sul, com uma área de 17.245 hectares.

As ilhas que a área compreende são:
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O Delta
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2 comentários:

  1. parabéns uma sinopse da história de ocupação e ações do povoamento.

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  2. parabéns uma sinopse da história de ocupação e ações do povoamento.

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