De boca atada é que eu domo minha
matungada!!
Este blog foi feito para compartilhar com os amigos que gostam de um bom
cavalo domado à "moda Gaúcha"! Doma tradicional é a maneira onde melhor
se faz um Cavalo, bem domado e acima de tudo de toda lida!
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Doma tradicional
A escolha do tipo de doma mais adequada é um assunto que gera muitas
discussões entre criadores.Gaúchos e paulistas são hoje os principais
envolvidos com o cavalo crioulo, seja criando, comercializando,
competindo ou treinando para as dezenas de modalidades que envolvem este
animal. A primeira etapa para qualquer pretensão maior destes
profissionais é a doma, que basicamente pode ser dividida em dois tipos:
a tradicional, mais conhecida como gaúcha, e a racional ou
paulista.Assim como a disputa pelos primeiros lugares nas competições,
as opiniões sobre qual dos tipos é o ideal nem sempre são unânimes. Há
os prós e os contras de ambas, mas alguns dos principais domadores do
país concordam em pelo menos uma coisa: Cada um tem sua maneira d
ensinar um cavalo.Cada domador tem seu estilo, seus truques, mas o
básico não difere muito. Na doma racional – mais praticada em São
Paulo,sendo, por isso, também conhecida como paulista ou americana –
geralmente o cavalo ainda xucro é colocado em uma mangueira bem pequena.
Junto com ele, o domador, com uma varinha, procura atrair a atenção do
animal, trabalhando o cavalo sem nenhum tipo de interferência direta,
como laçar ou puxar. É um trabalho paciencioso por parte do homem na
espera de espertar o interesse do animal. O cavalo continua distante e
arisco até que, através da confiança, busca se aproximar o domador,
permitindo que ele coloque o bucal e depois a sela.Na doma tradicional,
também chamada de gaúcha ou campeira, a mangueira Pode ser bem maior,
porque muitas vezes o domador não está sozinho. O trabalho já se inicia
com o cavalo seno laçado no pescoço e puxado de um lado para o outro,
muitas vezes por dois homens. É um trabalho cansativo, porque o animal é
forte e não se entrega. Juntos, os dois homens colocam o bucal e o
maneador de couro no cavalo, para evitar coices e afastá-lo das
cócegas.Descobrir qual dos dois tipos de domas é mais utilizado é
praticamente impossível. A divisão começa pelo apelido: gaúcha ou
paulista. João Francisco Melo, mais conhecido como Pesco, trabalha no
Sindicato Rural de Júlio de Castilhos (RS) e prepara animais de diversas
cabanhas gaúchas. Para Pesco, a utilização do tipo específico da doma
varia de profissional para profissional, e ele não se acanha em dizer
que usa um pouco de cada. “Na doma racional não se puxa a boca do
cavalo, o que não é bom para disputas como Freio de Ouro, que exigem um
domínio total sobre o animal”, explica. Por outro lado, os paulistas são
conhecidos por preparar animais especialistas nos giros sobre as patas e
nas esbarradas. A doma racional se adapta mais aos profissionais de São
Paulo, porque nas competições como a rédea e a apartação, muito
realizadas naquele Estado, não é permitido puxar o animal pela boca. “O
animal obedece às pernas e a voz do cavaleiro”, acrescenta.Escolher a
mais adequada é um assunto que geralmente causa muitas discussões entre
esses profissionais. De um lado os defensores da doma tradicional, que
usa força para domar o cavalo, e do outro aqueles que seguem a doma
racional e apostam na obediência e condicionamento do animal, como o
paulista Gilson Vendrame, da Estância Dom Quixote. “A doma racional é a
mais adequada para o cavalo, independente da modalidade que ele vá
disputar”,diz ele.Para Vendrame, este tipo de doma faz com que o animal
passe por um treinamento que vai da nuca até a garupa. “Depois disso, se
consegue qualquer coisa deste cavalo, que se torna um animal bem
flexível”, pondera
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