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terça-feira, 16 de outubro de 2012

CRUZ ALTA O NINHO DOS PICAPAUS

Cruz Alta
Rio Grande do Sul - RS
Histórico1
A história de Cruz Alta remonta ao final do século XVII, quando uma grande cruz de
madeira foi erigida a mando do padre jesuíta Anton Sepp Von Rechegg em 1698, logo após a
fundação de São João Batista nos Sete Povos Missioneiros.
Mais tarde, com a demarcação do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, a linha
divisória (Campos Neutrais) que separava as terras de Espanha das de Portugal, cortava o
território rio-grandense pelos divisores de água exatamente por esse local onde existia a
grande cruz e uma pequena Capela do Menino Jesus. A partir de então, este imenso corredor,
recebeu um grande fluxo de pessoas das mais variadas atividades, como comerciantes,
desertores do exército, contrabandistas, imigrantes, etc.
A cruz alta tornou-se ponto de invernada e um grande pouso para milhares de
tropeiros oriundos das fronteiras com a Argentina e Uruguai, que se dirigiam até a Feira de
Sorocaba para comercialização dos animais. O local consolidou-se ainda no final do século
XVIII como Pouso dos Tropeiros e muitos passaram a residir nas proximidades, até que, no
início do século XIX depois de uma tentativa sem sucesso, mudaram-se então mais para o
norte estabelecendo-se onde hoje está o município de Cruz Alta, cuja fundação deu-se no dia
18 de agosto de 1821 em resposta a uma petição feita pelos moradores.
Cruz Alta foi elemento importante em quase todos os principais acontecimentos
políticos, militares, econômicos e religiosos que o estado vivenciou. Desde as escaramuças da
Revolução Farroupilha, quando o município recém criado foi alvo de incursões militares e
especulações políticas em sua Câmara de Vereadores, além de receber o Alto Comando
Farrapo em janeiro de 1841 com a presença de Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi, Anita
Garibaldi, David Canabarro, entre tantos outros. Já na Guerra do Paraguai, Cruz Alta forneceu
um sem número de voluntários que pelearam sob o comando do Coronel Jango Vidal e do
Brigadeiro José Gomes Portinho (depois agraciado com o título de barão da Cruz Alta) nas
Companhias de Voluntários nºs 19 e 40 e da 4ª Divisão de Cavalaria. Durante a sangrenta
Revolução de 1893, o município apelidada de Ninho dos Pica-paus foi um dos mais
importantes palcos dos acontecimentos e o lugar onde a prática da degola neste período foi
mais intensa. Milhares de pessoas tombaram pelos campos e no município, vítimas desta que
foi talvez a mais sangrenta revolução da América Latina. Cruz Alta foi atacada em 26 de
agosto de 1894 pelas tropas maragatas sob o comando de Aparício, irmão de Gumercindo
Saraiva (morto dias antes em Carovi) com aproximadamente 1500 homens. Já na Revolução
de 1923, hordas de tropas circulavam incessantemente por seu território, depois dos
alinhavados permeados de conchavos registrados nas dezenas de correspondências trocadas
entre Borges de Medeiros e Firmino de Paula para maquinar os destinos da Revolução.
Gentílico: cruzaltense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Espírito Santo da Cruz Alta, pelo Decreto de
24-10-1832.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Espírito Santo da Cruz Alta, pela
Resolução de 11-03-1833, desmembrado de Cachoeira. Sede na atual vila de Espírito Santo
da Cruz Alta. Instalado em 04-08-1834.
1 Fonte: Cruz Alta (RS). Prefeitura. 2012. Disponível em: <http://www.cruzalta.rs.gov.br>. Acesso em:
fev. 2012.
Em virtude da Lei Provincial n.° 799, de

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