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terça-feira, 16 de outubro de 2012

REV FEDERALISTA O BARAO DE CERRO AZUL MANTEM A PAZ EM CURITIBA

Revolução Federalista – Barão do Serro Azul mantém a paz e a ordem em Curitiba

Revolução Federalista – Barão do Serro Azul mantém a paz e a ordem em Curitiba.

Eis a baixo, parte da história do Brasil que interessa muito, especialmente aos curitibanos e Gaúchos. Sempre pesquiso muito sobre fatos da história do Paraná e também do Rio grande do Sul e tudo que esta relacionado ao contexto da palavra “gaúcho” me interessa muito. Grata satisfação reunir estas informações, e inserir neste site para vossa leitura

atenciosamente,

Luiz Cesar

Pesquisas: Luiz Cesar Branco

Fontes: Winkpédia / Filme: O Preço da paz / Museu paranaense

O Senador do estado do Paraná, Osmar dias , em dezembro de 2004, apresentou o projeto de lei do Senado nº 354, que propôs a inscrição do nome do barão de Serro Azul no Livro dos Heróis da Pátria. A Lei nº 11.863 de 15 dezembro de 2008, foi sancionada pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 2008, inscrevendo o nome de Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.
Ildefonso Pereira Correia, barão do Serro Azul nasceu em Paranaguá cidade litorânea do Paraná em 06 de agosto de 1849. Proprietário rural e político brasileiro, foi o maior exportador de erva-mate do Paraná e maior produtor de erva-mate do mundo. Instalou seu primeiro engenho de erva-mate em Antonina e viajou aos EUA para exibir seus produtos na Exposição Americana obtendo grande sucesso. Com a construção da estrada da Graciosa, transferiu suas atividades para Curitiba. Em Curitiba, adquiriu e modernizou o engenho Iguaçu, construiu o Engenho Tibagi, adquiriu serrarias e lançou-se à exportação de madeira. Em 1888, associado com Jesuíno Lopes, assumiu o controle da Impressora Paranaense com o objetivo de melhorar a confecção das embalagens da erva-marte exportada.
Na vida política causou simpatia ao imperador Dom Pedro II quando este visitou Curitiba em 1881. Ao regressar ao Rio de Janeiro, o imperador concedeu-lhe a comenda da Imperial Ordem da Rosa. Nas eleições de 1882, elegeu-se deputado provincial. Desenvolveu suas funções com sucesso enquanto uma crise política empolgava as ruas. Assumiu interinamente o governo da província em 1888. Cuidou de apaziguar os ânimos, mas não pode evitar a crise parlamentar que ocorria na Assembléia Provincial. Abolicionista convicto, quando se tornou presidente da câmara municipal de Curitiba, comprometeu-se publicamente a promover a emancipação dos escravos do município. Em 8 de agosto de 1888, recebeu da princesa Isabel, então regente do Brasil, o título de barão do Serro Azul.
Com a proclamação da República, o governador Vicente Machado da Silva Lima convidou o barão do Serro Azul para a comissão organizadora do partido Republicano. Repentinamente a situação política mudou: O marechal Deodoro da Fonseca renunciou e o marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência, dissolveu o Congresso e convocou novas eleições.
No Rio Grande do Sul, o governo Júlio Prates de Castilhos, apoiado pelo marechal Floriano Peixoto reprimiu a oposição e logo começou a revolução Federalista, conhecida por revolução das degolas. A causa da revolução foi a instabilidade política gerada pelos federalistas, que pretendiam “libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio Prates de Castilhos”. Assim inicia-se uma guerra civil, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, e que foi vencida pelos pica-paus, seguidores de Júlio de Castilhos.
O Partido Federalista do Rio Grande do Sul foi fundado em 1892 por Gaspar Silveira Martins. Em tese, defendia o sistema parlamentar de governo e a revisão da Constituição, pretendendo o fortalecimento do Brasil como União Federativa. Desta forma, esta filosofia chocava-se frontalmente contra a constituição do Rio Grande do Sul de 1891. Esta era inspirada no positivismo e no presidencialismo, resguardando a autonomia estadual, filosofia adotada por Júlio de Castilhos, chefe do Partido Republicano Rio-grandense, e que seguia o princípio comtiano-positivista das “pequenas pátrias”.
Os seguidores de Gaspar da Silveira Martins, Gasparistas ou maragatos, eram frontalmente opostos aos seguidores de Júlio de Castilhos, castilhistas ou Pica-paus.
Maragatos – Identificados pelo lenço vermelho, defendiam o credo político pregado pelo federalista Gaspar da Silveira Martins, adversário do republicano Júlio de Castilhos. O Termo vem de descendentes da Maragatéia na Espanha, cujos habitantes têm o nome de maragatos, são uma espécie de ciganos. Os maragatos espanhóis eram eminentemente nômades, e adotavam profissões que lhes permitissem estar em constante deslocamento. Na época da revolução, os republicanos legalistas usavam esta apelação como pejorativa, atribuindo-lhes propósitos mercenários. No entanto, dar esse apelido aos revolucionários foi um tiro que saiu pela culatra. A denominação granjeou simpatia. Os próprios rebeldes passaram a se denominar “maragatos”.
Pica-paus – Eram chamados de Pica-paus durante a Revolução Federalista de 1893 no Rio Grande do Sul, os opositores dos maragatos. Identificados pelo lenço verde “O lenço branco e o termo Chimangos só viria a ser usado na Revolução Libertadora de 1923 para designar os seguidores de Borges de Medeiros”. Os pica-paus estavam no poder com Júlio de Castilhos e tinham forte vínculo com o Governo Federal. O motivo da alcunha veio pelo chapéu usado pelos militares que apoiavam essa facção. Eles usavam listras brancas que, segundo os revolucionários, seriam semelhantes a um tipo de pica-pau do Sul do Brasil.
No Rio de Janeiro, os almirantes Custódio de Melo e Saldanha da Gama comandaram a Revolta da Armada. Santa Catarina caiu em poder dos revolucionários, e no dia 14 de outubro de 1893, a capital Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, foi declarada provisoriamente capital do Brasil, convertendo-se em base de operações militares dos movimentos de revolta originados separadamente no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Enquanto isto, separada por longas distâncias geográficas, Curitiba estava em paz.
Uma força de maragatos (rebeldes federalistas gaúchos) comandada por Gumercindo Saraiva veio do Rio Grande do Sul em direção Rio de Janeiro. Passando por Nossa Senhora do Desterro, juntou-se aos aliados da Revolta da Armada e, dali, partiu com destino à Curitiba. O plano dos chefes maragatos previa o domínio do Paraná com um ataque conjugado por forças de terra e mar, e uma revolta em São Paulo se ali chegassem as tropas rebeldes.
O comando legalista enviou para o Paraná batalhões formados por tropas regulares e voluntários civis do Rio de Janeiro e São Paulo. Em janeiro de 1894, estes chegaram à Lapa, a sessenta quilômetros a sudoeste de Curitiba, onde se travou uma terrível batalha. Durantes 26 dias as tropas legalistas resistiram aos ataques das forças muito mais numerosas dos maragatos.
Na madrugada de 17 de janeiro de 1894, uma brigada comandada por João Meneses Dória tomou a estação de Serrinha. Com a cumplicidade dos funcionários, passou a responder aos chamados telegráficos como se fosse das tropas legalistas de Lapa, avisando que milhares de rebeldes estavam marchando para a Curitiba. Houve pânico na capital. Devido ao abandono de Curitiba pelas tropas legalistas, a cidade passou a ser dirigida por uma Junta Governativa presidida pelo barão do Serro Azul.
O barão do Serro Azul foi convocado pelos cidadãos para fazer um acordo com os revolucionários que protegesse a população de violências, saques e estupros. A Junta Governativa de Curitiba transformou-se em “Comissão para Lançamento do Empréstimo de Guerra” com o propósito de arrecadar fundos para os rebeldes e com isso comprar a proteção da cidade. Embora o barão do Serro Azul e os comerciantes que apoiaram a comissão procurassem apenas manter a ordem na cidade, seus atos foram compreendidos como traição ao governo e colaboração aos rebeldes.
O tempo perdido pelos maragatos durante o cerco da Lapa permitiu que as tropas legalistas se agrupassem e recebessem reforços ao norte, em Itararé, na divisa São Paulo e Paraná. A resistência da Lapa impediu o avanço da revolução. Gumercindo, então impedido de avançar, bateu em retirada para o Rio Grande do Sul. As tropas governamentais recuperam Curitiba e anunciam o estado de sítio, em 04 de maio de 1894 Vicente Machado reassume o Governo do estado do Paraná.
O general Everton de Quadros, novo comandante do Distrito Militar, promoveu demissões de funcionários públicos, buscas e capturas de pessoas acusadas de colaborar com os maragatos. As prisões ficaram tão cheias que o teatro São Teodoro foi transformado em presídio. Apesar da condenação pública, várias pessoas foram fuziladas.
O Barão de Serro Azul recebeu uma intimação para se recolher ao quartel da primeira divisão. Outros cinco de seus companheiros também foram presos e levados aos mesmo presídio: Prisciliano Correia, José Lourenço Schleder, José Joaquim Ferreira de Moura, Rodrigo de Matos Guedes e Balbino de Mendonça.
Muitos políticos importantes do Paraná tentaram por todos os meios livrar o barão de Serro Azul e seus companheiros da prisão. O general Everton de Quadros, temendo uma fuga ou a desmoralização de seu comando, ordenou a execução de barão de Serro Azul e seus amigos.
Na madrugada do dia 20 de maio de 1894, os seis prisioneiros foram retirados da prisão e levados à estação ferroviária de Curitiba, sob o pretexto de embarcarem em Paranaguá em um navio da Marinha com destino ao Rio de Janeiro, onde seriam julgados. O comboio parou no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, perto do pico do Diabo da serra do Mar, onde há um alto despenhadeiro. Os presos começaram a ser arrastados para fora do vagão pelo pelotão de escolta. Mato Guedes atirou-se pela janela do trem, mas recebeu uma descarga da fuzilaria e rolou pelo precipício. Balbino de Mendonça, agarrando-se ao vagão, teve os braços quebrados a coronhadas, e foi abatido a tiros de revólver. O barão do Serro Azul recebeu um tiro na perna e caiu de joelhos. Propôs então dividir sua fortuna com os oficiais da escolta se fosse poupado, porém tombou com uma bala na testa. O comboio seguiu viagem, abandonando os corpos no local. Somente no dia seguinte a policia de Piraquara foi avisada da existência de cadáveres na serra.
Durante mais de quarenta anos, o barão de Serro Azul foi considerado traidor. Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada. A sua magnífica mansão em Curitiba foi transformada em quartel do Exército, tendo a baronesa e os seus filhos que morar em um anexo.
Sua vida começou a ser investigada nas décadas de 1940 e 1950 quando ocorreu o resgate de sua memória.
Em 1942, foi publicada a biografia “O Barão de Serro Azul” escrita por Leôncio Correia. O livro “A Última viagem do Barão do Serro Azul” do escritor Túlio Vargas, atual presidente da Academia paranaense de Letras, foi publicado em 1973. Baseado nesse livro, o cineasta Maurício Appel produziu o filme “O Preço da Paz” em 2003, com direção de Paulo Morelli e roteiro de Walther Negrão. No elenco, Herson Capri, no papel do barão do Serro Azul, e Lima Duarte, no papel do general Gumercindo Saraiva.
A revolução federalista foi vencida em junho de 1895 no combate de Campo Osório. Saldanha da Gama, possuidor de um contingente de 400 homens, lutou até a morte contra os Pica-paus comandados pelo general Hipólito Ribeiro.
A paz finalmente foi assinada em Pelotas no dia 23 de agosto de 1895.
O caudilho Gumercindo Saraiva, obrigado a recuar, iniciou o seu retorno ao Rio Grande do Sul. Em marcha pelos três estados, desde sua partida de Jaguarão – Rs até o retorno ao Sul, o General Gumercindo Saraiva e suas tropas percorreram a cavalo, um trajeto de mais de 3.000 km.
Em 27 de Junho de 1894, Gumercindo enfrentou sua última grande batalha. No dia 10 de Agosto morreu com um tiro no tórax, de tocaia, antes de iniciar a Batalha do Carovi. Numa guerra de barbáries em ambos os lados, dois dias depois de enterrado, seu corpo foi retirado da cova, teve a cabeça decepada e levada em uma caixa de chapéus ao governador Júlio de Castilhos. Seu corpo, mais tarde, foi levado e sepultado no cemitério municipal de Santa Vitória do Palmar, sem a cabeça.
O General Gumercindo Saraiva, em sua estada em Curitiba, em um acordo de paz com o barão do Serro Azul, prometera que a população e seus costumes seriam respeitados em troca de apoio aos revolucionários. Ao barão do Serro Azul, foi a melhor alternativa para evitar mortes e confrontos. Em uma ocasião em que os seus soldados foram acusados de roubar uma coleção de moedas do Museu paranaense, a título de ressarcimento, Gumercindo Saraiva doou sua espada ao acervo do Museu, onde se encontra até hoje.
VEJA EM PDF UM TRECHO SOBRE A ESPADA DE GUMERCINDO NO MUSEU PARANAENSE. “ENTRE AQUI”

“…o que mais me impressionou, porem, foi a espada de Gumercindo Saraiva, longa, curvada, bainha de latão o cabo de madrepérola. Interessante episódio a acompanha. Gente de Apparicio Saraiva invadirá o museu e arrebatará moedas e outros objectos. O Dr Ermilino de Leão, diretor do mesmo, a esse tempo, procurou Gumercindo e informou o ocorrido. Ouviu-o silencioso, o famoso caudilho, cuja physionomia carregou-se da immensa contrariedade. Depois, levantou-se e pegando da espada, teve este gesto nobre:

- Si vale alguma cousa, leve-a, doutor, em substituição ao que lhe roubaram.

Aquelle pedaço de ferro de aguçado gume, por muito tempo terror das coxilhas do sul, muitas vezes com certeza, colericamente vibrada, no rubor das batalhas, mutilando, embelezando-se de sangue, aniquilando, destroçando ate a ultima raiva, até a ultima loucura da victoria, radiosa, heróica e brutal, passou, daquelle dia em diante, fria e inoffensiva, a figurar entre as velharias do museu, na infinita nostalgia, quem sabe, daquelle sol que flammejara, daquella liberdade dos pampas sobresaltada pelo imprevisto nos combates, daquelas noites de terror, em que era brandido, chispando fogo, saudades das horas vagas em que ficava impassivel, nas barracas a luz das fogueiras, na amplidão dos campos, poderosa e soberana.

Poucos dias depois desse episodio presagioso, começou de abrumbrar-se a estrella triumphante de Gumercindo Saraiva.”

Houve também uma ocasião em que um soldado de sua tropa, soldado Diniz, matou uma mulher com uma navalha, Gumercindo muito revoltado, resolve aplicar uma punição exemplar mandando decapitá-lo.

O reconhecimento histórico veio mais tarde quando a propaganda de guerra governista acusou-o de atrocidades, fato esse que foi desmentido por centenas de testemunhos, inclusive de inimigos políticos seus. Pois em casos de abusos cometidos por seus comandados, punia exemplarmente, como o foi com o soldado Diniz. Em estudo realizado numa pesquisa da Escola de Comando e Estado Maior (ECEME), foi considerado o maior líder de combate dessa Revolução.
Obs: Agradeço ao leitor Saulo Assunção, que alertou para a incompatibilidade de datas, o qual já corrigimos no texto a cima.
Ctba 08/09/2010 – Luiz Cesar

12 comentários

  1. Saulo Assumpção /
    Gostaria que verificassem as data, parece haver incompatibilidades.
    Em janeiro de 1894 as tropas legalistas seguraram os maragatos na Lapa por 26 dias e em 16 de outubro de 1893 recuperaram Curitiba?
  2. Luiz Cesar Branco /
    Caro Saulo Assunção,
    Em resposta ao seu magnífico questionamento, fui em busca do esclarecimento relacionado as datas incompatíveis. Realmente há uma divergência com relação a data que podemos entender lendo o pequeno trecho a baixo…
    “Vicente Machado foi eleito Vice-Presidente do Estado do Paraná em 1893, na gestão de Francisco Xavier da Silva. Por ocasião da Revolução Federalista (1893), assumiu a Presidência do Estado devido ao licenciamento do então Governador. Em seguida com a ocupação de Curitiba pelos maragatos, transferiu a capital para Castro-Pr. No dia 18 de janeiro de 1893 deixou o Governo do Estado e foi para São Paulo, somente reassumindo em 4 de maio de 1894, quando as forças federalistas já haviam sido expulsas do Paraná. Logo após reassumir foi acusado de ser o mandante da chamada “carnificina da serra”, na qual foi executado o “Barão do Cerro Azul” e da qual se declarou inocente, identificando o Governo Federal como responsável pelo ocorrido.”
    Fico agradecido pela excelente pontuação. Ainda com relação ao trecho a cima, quando as tropas revolucionarias chegaram a Curitiba o Governador Vicente Machado deixou a cidade de Curitiba sem poder publico, foi onde o nobre barão assumiu a responsabilidade de negociação com os “rebeldes” para que não houvesse mortes e confrontos como vinha acontecendo por outros locais por onde passaram. Ao que consta o barão não pendeu nem pra um lado nem pro outro, procurou manter um acordo de paz para garantir a ordem na cidade de Curitiba, o que ao final lhe custou a vida, esta tirada não pelos temidos revolucionários gaúchos, mas sim pelo governo autoritário da época.
    Resumindo…
    O GOVERNO REASSUME CURITIBA EM 4 DE MAIO DE 1894.
    Gracias Saulo,
    Att,
    Luiz Cesar Branco
  3. alvaro pedro junior /
    muito lindo, a historia do barão do serro azul e do general gumercindo saraiva e da revolução federalista. desconhecia
  4. Estou plenamente certo de que Vicente Machado foi um grande covarde, medroso; e na questão de defesa do barão do Serro Azul, fez papel de Pilatos. Serro Azul sim; devemos considerar um herói, pois evitou que Curitiba fosse saqueada,destruída, evitando mortes e estupros. Infelizmente o Barão do Serro Azul foi mais uma vítima das diversas páginas negras de injustiças desta história do Brasil, na época em defesa de um país governado por um tirano, que ironicamente é homenageado com seu nome em uma das avenidas mais importantes de Curitiba. Triste história do Brasil.
  5. Jorge Carvalho de Oliveira /
    ANTONIO MANOEL GOULART X GUMERCINDO SARAIVA. O Barão do Cerro Azul, um grande injustiçado, homem integro e patriota, mas entre eles houveram também homens de garnde coragem e amigos do Barão. O Professor Antonio Manoel Goulart, (comerciante e também advogado prático) um homem de muita coragem, não arredou pé de Curitiba, como o Governador Vicente Machado e sua tropa! Como possuia uma loja e para proteger seu estoque, do saque da tropa de Gumercindo, no Barigui, enterrou grande quantidade, de tecidos envoltos em encerados! O Gumercindo sabendo que ele não não havia fugido, dirigiu-se a sua casa, com sua tropa, lá encontrou Manoel Goulart, sentado em uma cadeira de balanço, na área de sua casa! Manoel Goulart, o convidou para ele apear de seu cavalo, mas o Gumercindo disse não! Eu vim aqui para saber porque o Senhor, não fugiu como os outros! Meu bisavô lhe disse eu não tenho motivo para fugir. Os soldados de Gumercindo, entraram em sua loja e apanhavam peças de tecidos, amarrando-as, nos rabos dos burros, os esporeavam e aos gritos e berros os tecidos eram detruidos! Manoel Goulart, permaneceu sentado, assistindo tudo! Gumercindo após toda esta humilhação e destruição lhe disse: O senhor realmente é um homen muito corajoso, e eu não mato homem de coragem como o senhor e foi se embora! Curitiba chuvia muito o rio Barigui, alagou por seis meses, meu Bisavô, então perdeu to tecido enterrado!
    Quando assassinaram o Barão meu Bisavo foi para Guarapuva, lá montou uma Fabrica de Erva-Mate, mas ela acabou se incendiando. De guarapuava, ele foi para o interior de São Paulo……
  6. Reamente o SR. Vicente foi um covarde, homenageado inustamente em cidades de todo o Paraná com seu nome em avenidas. Além o triste episódio durante a Revoução Federalista, no qual fugiu do estado levando suas tropas e deixando a popuação a mercê dos revoltosos, não podemos esquecer do episódio em que ele, como advogado do réu assassino e inimigo político da outra parte, conseguiu absolvição, no ano de 1886, do marido que matou a esposa com 32 facadas em PONTA GROSSA, o famoso caso da CORINA. A índole do sr. VICENTE MACHADO realmente nos causa bastante dúvidas.
  7. alvaro marcondes junqueira /
    concordo com pedro jr .uma belissima e linda historia . emocionante .
  8. Ana Lucia /
    Sou tataraneta do Barão do Cerro Azul com muito orgulho,esse homem guerreiro,magnífico em suas empreitadas…
  9. celso hinniger de barros /
    E Vicente Machado depois de se acovardar, fugindo de Curitiba, ainda recebe nome de avenida na nossa capital.
  10. OTONIEL SANTOS NETO /
    O nome de MANOEL JOSE DA COSTA E CUNHA, parceiro de ILDEFONSO PEREIRA CORREIA, único dos acusados de traição que não foi preso, pois fugiu via Paranaguá e refugiou-se na Europa, foi também apagado da história do Paraná e do Brasil. Os seus bens foram divididos entre nos comparsas de VICENTE MACHADO através de falsificação de assinaturas e registros cartorários. Quem ordenou o covarde fusilamento do Barão do Serro Azul foi o próprio VICENTE MACHADO.
  11. Leandro Moreira /
    Caro sr. Luis Cesar Branco.
    Agradeço ao senhor por tão esclarecido texto, gosto muito desta parte de nossa história e frequentemente vou á Lapa e algumas vezes andando pela trilha do Itupava passei pelo local onde o Barão do Serro Azul foi assassinado, uma cruz está lá até hoje marcando o local.Moro em Curitiba e eventualmente vou ao museu paranaense, da próxima vez vou procurar a espada doada por Gumercindo Saraiva.Um abraço e parabéns,
  12. Dante Romano Neto /
    Sou descendente de um Maragato importante de Curitiba.
    Nicolau Mader. Correligionario do Barao de Serro Azul, foi tambem perseguido e injusticado sem esmorecer.
    Meu bisavo foi um grande impreededor com senso humanitario e progressista.
    Que bom que nossa historia esta sendo repensada de uma maneira mais madura.
    Parabens Luis Cesar Branco.
    Dante Romano Neto.

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Um comentário:

  1. Dois comentários aos textos acima:
    1 - O Barão do Serro Azul, nasceu em 1845, não em 1849.

    2 - O anspeçada Diniz, que matou Maria Bueno, não era da tropa de Gumercindo, mas pica-pau.

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