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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CAVALO PAMPA



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Pampa

Origem do Pampa



por Lúcio Sérgio Andrade



O Pampa conquistou fama mundial ao desempenhar seu papel de "bandido" nos filmes americanos de western e de guerra entre exércitos e índios. Montados pelos índios, geralmente a pêlo, estes cavalos coloridos, autênticos mustangs das pradarias americanas, ainda hoje encantam olhares de milhões de telespectadores em todo o mundo, seja pela beleza de sua pelagem e conformação, pela coragem, a velocidade, a agilidade.



Como raça, o cavalo Pampa já é mundialmente reconhecido através do "Paint Horse", o Pampa americano de tipo Quarto de Milha, ou pelo nome de "Pinto" (palavra de origem espanhola). A diferença principal entre ambos é que o "Pinto" não apresenta o tipo morfológico para o trabalho, que caracteriza a conformação do cavalo Quarto de Milha. A origem do Pampa americano, data de 1519, quando o explorador espanhol Hermando Côrtes trouxe para o continente americano uma tropa composta de 16 cavalos de guerra, entre os quais havia um branco com manchas escuras no ventre. Do cruzamento deste animal manchado com os nativos mustangs americanos originaram-se os cavalos "Pinto" e "Paint".



Povoado por manadas de cavalos selvagens, o oeste americano foi desbravado nas patas de cavalos pampas com suas pelagens alegres, tornando-se as montarias de preferência dos índios e, particularmente, dos índios Comanches, famosos pelas suas exímias habilidades como cavaleiros do oeste americano, mais velozes do que as cavalarias, diligências e trens. Os índios Comanches idolatravam os cavalos Pampas, acreditando serem os favoritos dos Deuses.



No Brasil, não há registro de uma data precisa da primeira introdução de animais pampas, mas acredita-se que a pelagem foi introduzida através de alguns poucos cavalos de origem bérbere, trazidos pelos colonizadores portugueses e, principalmente, pelos cavalos holandeses, quando da invasão de Pernambuco. Com estas raças, também foi introduzido no Brasil um tipo de andamento naturalmente marchado, razão pela qual o Pampa brasileiro apresenta, além de suas belíssimas variedades de pelagens, outro relevante fator diferencial de mercado: a marcha. Esta característica funcional qualifica o cavalo Pampa nacional como um eqüino ideal para o lazer - passeios, turismo eqüestre, cavalgadas, enduros de regularidade. No mercado internacional, um Pampa marchador é uma "jóia" de inestimável valor, e raridade!



A origem do nome pampa é a seguinte: Em meados do século XIX o brigadeiro Rafael Tobias Aguiar, vencido na revolta da província de Sorocaba, interior de São Paulo, fugiu com seu exército para o Rio Grande do Sul, onde aderiu à batalha dos Farrapos. A maioria dos soldados montavam cavalos pampas, inicialmente conhecidos no sul como tobianos. Quando do retorno à São Paulo, estes cavalos passaram a ser gradualmente conhecidos no resto do país como os cavalos dos "Pampas" (codinome do Estado do Rio Grande do Sul).



Ao contrário dos objetivos da APHA - American Paint Horse Association, a ABCPAMPA - Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa, não registra animais descendentes do Quarto de Milha e, praticamente, de todas as raças exóticas, a fim de não descaracterizar o tipo morfológico do Pampa nacional. O cavalo pampa brasileiro está sendo formado com base em um padrão morfológico internacional tipo sela, preservando-se todas as modalidades de andamentos, que exprimem o real significado de um animal de destinado a diversas funcionalidades.





Padrão Racial



O Cavalo PAMPA é oriundo do cruzamento interacial entre reprodutores e reprodutrizes, das raças Anglo-Árabe, Campeiro, Campolina, Crioulo, Mangalarga, Mangalarga Marchador, PSI.



APARÊNCIA GERAL



Pelagem: Pampa conjugada com as pelagens sólidas contidas no regulamento, sendo que o animal deverá ter no ménimo uma área de pêlos brancos sobre pele despigmentada medindo em torno de 100 cm 2 ,podendo ser composta de, no máximo, duas manchas formando a área total. As despigmentações de crina e cauda podem ser de qualquer forma e tamanho expressivo.

Porte médio a grande, estrutura e musculatura forte, proporcionada e bem distribuéda, com ossos resistentes, articulações e tendões bem definidos, expressão vigorosa e sadia, temperamento  altivo, brioso, enérgico e dócil. Pele e pêlos finos.

Altura: ménima de 1,45m para os machos e de 1,40m para as fêmeas.





CABEÇA



De tamanho médio, harmoniosa, fronte ampla e plana, ganachas afastadas;

Perfil: retiléneo na fronte e chanfro;

Olhos: afastados, expressivos, grandes, salientes, com pálpebras finas e flexéveis;

Orelhas: proporcionais, de tamanho médio, paralelas, bem implantadas e bem dirigidas;

Narinas; grandes, flexéveis e afastadas;

Boca: de abertura média, lábios finos, justapostos e firmes.





PESCOÇO



Leve em sua aparência geral, obléquo, proporcional, de boa musculatura, apresentando equilébrio e flexibilidade, de inserções bem definidas e harmoniosas, com sua borda superior ligeiramente rodada e retiléneo na borda inferior. Bem unido à cabeça por uma larga e limpa garganta, com inserção ao tronco no terço médio superior do peito. Crinas com cerdas (cabelos) finas e sedosas.



TRONCO



Cernelha: bem definida e musculada;

Peito: amplo, profundo, bem musculado e não saliente;

Costelas: longas e arqueadas;

Tórax: amplo e profundo;

Dorso: de comprimento médio, proporcional, de boa direção, musculado, bem unido a cernelha e harmoniosamente ligado ao lombo;

Lombo: curto, reto, largo, coberto por forte massa muscular, harmoniosamente ligado ao dorso e à garupa;

Flancos: curtos e cheios;

Garupa: longa, ampla, musculada, levemente inclinada com a região sacral não saliente e de altura não superior à da cernelha;

Cauda; de inserção média, bem implantada, móvel, dirigida para baixo quando do animal em movimento, cerdas finas e sedosas.





MEMBROS



Espáduas: longas, amplas, obléqua, de musculatura forte e bem distribuéda;

Braços: longos, musculosos, de boa angulação e bem articulados;

Antebraços: longos, retos e musculosos;

Joelhos: fortes, secos, bem articulados, e na mesma linha dos antebraços:

Coxas: longas, amplas e musculosas;

Pernas: fortes, longas e musculosas;

Jarretes: fortes, secos, lisos, bem articulados e aprumados e livres de taras;

Canelas: retas com tendões nétidos, sem estrangulamentos, sem taras duras ou moles.

Boletos: definidos e bem articulados;

Quartelas: médias, fortes, de boa angulação e bem articuladas;

Cascos: médios e resistentes;

Membros no conjunto: bem aprumados vistos de frente, de perfil e por trás, tolerando-se desvios parciais, porém penalizando aqueles considerados graves, tais como: anteriores - transcurvos, ajoelhados, cambaios, sobre-si (debruçados), acampados, emboletados e arriados de quartela; posteriores - jarretes muito fechados, com as pinças dos cascos excessivamente voltados para fora, acampados, excessivamente acurvilhados, emboletados e arriados de quartela.





ANDAMENTO



Qualquer modalidade de andamento natural a exceção da andadura nos machos



DESCLASSIFICAÇÃO



Pele: pseudo-albino;

Olhos: iris albinóide a exceção da iris de cor azul.

Temperamento: vécios considerados graves e transmisséveis;

Orelhas: mal dirigidas(acabanadas);

Perfil: excessivamente convexiléneo ou concaviléneo;

Lábios: com relaxamento de suas comissuras(belfo);

Arcada dentária: assimetria com menos de 50% de contato entre as mesas dentárias (prognatismo);

Pescoço: borda inferior convexa (invertido ou de cervo);

Dorso e lombo: (concaviléneo) lordose , selado; (convexiléneo) cifose, dorso de carpa e (escoliose) desvio lateral da coluna;

Garupa: demasiadamente inclinada (derreada), mais alta do que a cernelha(menso) tolerando-se uma diferença de até 2,0 cm nas fêmeas;

Membros: defeitos graves de aprumos congênitos ou hereditários e taras ósseas;

Aparelho genital: anorquidia (ausência congênita dos testéculos), monorquidia (ausência congênita de um testéculo), criptorquidia (um ou dois testéculos retidos na cavidade abdominal); assimetria testicular ou escrotal acentuada (hipo ou hiperpalasia), anomalias congênitas do sistema genital das fêmeas;

Pelagem sólida, à exceção de animais que tenham comprovação genética tobiana, persa, apaloosa, oveira e bragada (área de pelos brancos sobre pele despigmentada somente na região do ventre).



Fonte: http://www.abcpampa.org.br/padrao-racial
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