Um animal
forte e resistente, porém dócil e amigável. Companheiro sempre presente
na história e na vida do gaúcho, o Cavalo Crioulo foi escolhido como o
animal símbolo do estado do Rio Grande do Sul.
A lei nº
11.826, de agosto de 2002, declara que tanto o “Quero-Quero” ave típica
da região, quando o Cavalo Crioulo são bens integrantes do Patrimônio
cultural e natural do estado.
Descendente
dos cavalos trazidos à América por colonizadores portugueses e
espanhóis, o Cavalo Crioulo traz em seu sangue uma herança Andaluz,
mesclada com o berbere primitivo e o cavalo europeu de origem celta,
soloutre e germânica. Dessa mistura de raças, surgiu no Pampa Gaúcho um
cavalo extremamente resistente, capaz de suportar invernos rigorosos e o
calor intenso do verão. Um cavalo potente e forte com capacidade para
subsistir mesmo em condições extremas sem perder o vigor característico
da raça.
Mesmo em
se tratando de um animal então, não domesticado como os Mustangs, os
cavalos selvagens da América do Norte, o Cavalo Crioulo logo se tornou
companheiro de caça e de trabalho , meio de transporte e camarada de
lazer tanto dos índios missioneiros quanto dos colonos que ocupavam as
terras e o utilizavam na lida campeira.
O Cavalo
Crioulo foi também companheiro de batalhas, muitas das quais travadas
neste chão, porque o Rio Grande se conquistou e se fez também nos lombos
dos cavalos.
Por
representar a força e a raça de um povo heróico, forte e aguerrido, o
Cavalo Crioulo cuja origem se confunde com a história deste chão, é hoje
um dos símbolos do estado que tem orgulho de ter sido forjado com luta,
trabalho e valor.
Em sua
homenagem, e em comemoração ao cinqüentenário da ABCCC ( Associação
Brasileira dos Criadores do Cavalo Crioulo ) foi criado o prêmio “Freio
de Ouro”. Neste evento internacional realizado anualmente na “Expointer”
- Esteio-RS, são premiados exemplares da raça após rigorosa seleção.
São declarados campeões os cavalos que melhor representam a resistência,
a força, a rusticidade e o vigor de uma raça herdeira de um tempo e de
uma época em que só os bravos sobreviviam.
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