Luís Filipe de Saldanha da Gama
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saldanha da Gama | |
---|---|
Nome completo | Luís Filipe de Saldanha da Gama |
Nascimento | 7 de Abril de 1846 Campos dos Goitacases |
Falecimento | 24 de junho de 1895 Campo Osório |
Bacharel em Letras, fez o curso da Academia da Marinha onde ingressou aos dezessete anos, sempre galgando postos até alcançar o de Contra Almirante. Representou o Brasil na exposição de Viena (1873), na de Filadélfia (1876) e na de Buenos Aires (1882).
Recebeu as condecorações da Campanha Oriental, da Guerra do Paraguai, da Rendição de Uruguaiana e a do Mérito Militar. Liderou a Segunda Revolta da Armada (1893). Ao estourar a revolta era o Diretor da Escola Naval e não quis se envolver no conflito, preferindo manter a neutralidade, pois não admitia a intromissão de militares da ativa na política partidária.[1]
Vencido pelas tropas de Hipólito Ribeiro em 1º de junho de 1895, foi morto em combate.[2] Morto às mãos de Salvador Sena Tambeiro, um oriental comandado pelo caudilho João Francisco. Segundo testemunhas, as últimas palavras do almirante foram “Respeite-me! Sou o Almirante Saldanha!” e a resposta do Major foi: “Esses são os que eu gosto!”. [1]Atacou-lhe com um pontaço de lança, degolou-lhe depois e também mutilou-o, arrancando-se-lhe orelhas e dentes. [1]Antes de morrer, Saldanha ainda teria dito: “Basta, miserável”.[1] Seu corpo só seria encontrado dias depois e sepultado no cemitério de Riviera.
No ano de 1908 seus restos mortais, juntamente com os do Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, foram trasladados para o Brasil e atualmente encontram-se depositados em um mausoléu no Cemitério de São João Batista.
Em "Minha Formação" (1900), afirma sobre ele Joaquim Nabuco:
Eu tinha conhecido Saldanha na Exposição da Filadélfia, depois ligamo-nos muito em Nova York, onde morávamos no mesmo hotel, o Buckingham. (…) Pobre Saldanha! Nascido para o mundo, para o amor, para a glória, quem imaginaria, ao vê-lo naquele tempo em Nova York, que o seu destino seria o que foi? A esfinge da vida que lhe dera, ainda adolescente, um dos seus enigmas indecifráveis para resolver, destruindo nele a aspiração de ser feliz, reapareceu de novo a embargar-lhe o passo no momento em que podia disputar a primeira posição do país. |
— Joaquim Nabuco
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário